O Papa Francisco dirigiu hoje uma carta
ao Presidente da Federação da Rússia, que está a presidir à cimeira do G20 em
São Petersburgo, apelou hoje aos líderes das maiores potências económicas do
mundo para que ajudem a encontrar uma solução pacífica para o conflito na Síria
e "a afastar a ideia fútil de uma intervenção militar” e realça que os
responsáveis daquele grupo “não podem ficar indiferentes à situação dramática
do amado povo sírio, que dura há demasiado tempo e que ameaça tornar-se ainda
mais difícil para uma região a necessitar de paz”.
Entretanto, as respostas ao apelo do
Papa Francisco para o próximo sábado dia 07 de Setembro continuam a surgir.
Esta de dom Vincenzo Paglia, Presidente do Conselho Pontifício para a Família é
dirigida às famílias do mundo para participarem da jornada de jejum e
oração que o Papa Francisco propôs pela paz na Síria, no Oriente Médio e no
mundo inteiro:
«A todas as famílias
Caríssimos,
O
convite do papa Francisco a uma jornada de oração e jejum pela paz na Síria e
em todas as nações afetadas pela tragédia da guerra deve ser aceite com muita
seriedade e compromisso por parte de todos nós.
As
imagens veiculadas por todo o mundo e as contínuas notícias trágicas interpelam
o nosso coração, a nossa inteligência, a nossa fé. Por esta razão, eu vos
convido a aceitar a proposta do papa e a viver esse gesto de oração e jejum
mesmo que seja em casa.
Queridos
pais, não tenham medo de propor aos vossos filhos um almoço austero e
mínimo; será uma oportunidade para lhes explicar o que está a acontecer no
mundo e como esses fatos terríveis não nos podem deixar indiferentes. Junto com
a dureza das notícias, não se esqueçam de comunicar a esperança da paz
oferecida por Jesus ressuscitado, que reconciliou o mundo não através de gestos
violentos e vingativos, mas através do dom de Si mesmo.
Não
se esqueçam de convidar os avós e as pessoas mais idosas para esse almoço feito
de pouca comida e de muita palavra; se algum deles tiver experimentado momentos
de guerra, que partilhe o que significa viver sob as bombas e na incerteza do
amanhã; que relate qual era o sentido das suas preces naqueles dias.
Queridas crianças e jovens,
não se lamentem se, no sábado, não houver grandes pratos à mesa; agradeçam aos
seus pais, em vez disto, pelo que eles lhes estão a propor. Mais ainda: exijam
deles explicações e razões pelas quais vale a pena continuar a viver nesta
terra marcada tantas vezes por luto e por violência.
Juntos
à mesa, rezai! Pelas famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias
por causa da fome e do ódio, pelos governantes chamados a encontrar soluções
para a paz e para a não-violência. Recitar um salmo, ler uma passagem do
Evangelho, rezar uma dezena do Rosário, fazer algumas orações espontâneas em
voz alta, cantar... Cada família escolha o melhor modo de interceder ou de
meditar sobre o mistério do mal que marca a nossa história e sobre o Deus da
paz que a cura e a salva.
Obrigado!
+ Vincenzo Paglia
Presidente do Conselho Pontifício para a Família
Cidade do Vaticano, 4 de setembro de 2013
Uma resposta feliz também na tua família
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