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domingo, 13 de setembro de 2020

«… ATÉ SETENTA VEZES SETE» [Mateus 18, 21-35]

Neste domingo o protagonista volta a ser Pedro, em nome dos discípulos, e de todos nós… e oferece-nos como programa de vida A FORÇA DO PERDÃO Quantas vezes o perdão? Para quem entender o perdão como uma FRAQUEZA… Zero Para quem entender o perdão como CORAGEM… Sempre Na verdade, é muito mais natural o rancor e a vingança… que se foi mantendo desde Génesis 4,24 “Sete vezes, será vingado Caim…” até que JESUS interrompeu a tradição humana opondo o Amor e o Perdão “até setenta vezes sete” Mas como entrar na concretização desta indicação de Jesus? O Perdão só se entende a partir do exemplo de Jesus na cruz… para se entrar na lógica do dom generoso do perdão… que também é fruto da educação e do treino para quem deseja aprender de Jesus que é “manso e humilde de coração” (Mateus 11,11) E, por último que pode ser também o princípio, nunca esquecer que se tem sempre a possibilidade de RECOMEÇAR DE NOVO a percorrer o caminho do perdão Na Catequese da Quarta-Feira, no Pátio São Dâmaso, em 09 setembro 2020, o Papa Francisco continuou a falar de “Curar o Mundo”: 6. Amor e Bem Comum Resumo da catequese do Santo Padre: A resposta cristã às várias crises resultantes da pandemia do Covid-19 assenta no amor, a começar pelo amor de Deus, que nos amou primeiro e sem condições. Acolhendo este amor divino, podemos responder de forma semelhante: nos nossos gestos, mesmo nos mais humildes, tornar-se-á visível algo da imagem de Deus que trazemos em nós, porque Deus é Trindade do Amor. Com a sua ajuda, podemos curar o mundo, trabalhando juntos para o bem comum. Com efeito, um vírus que não conhece barreiras, nem fronteiras, nem distinções culturais e políticas, deve ser enfrentado com um amor sem barreiras, sem fronteiras nem distinções. Um tal amor é capaz de gerar estruturas sociais que nos estimulem a partilhar em vez de competir, a incluir os mais vulneráveis em vez de os descartar, a manifestar o melhor da nossa natureza humana: a criatividade, a confiança e a solidariedade. Na verdade o amor, que nos torna fecundos e livres, é sempre expansivo e inclusivo: este amor cuida, cura e faz bem. Isto é verdade tanto a nível das pequenas e grandes comunidades, como a nível internacional. Ao contrário, se as soluções para a pandemia estiverem marcadas pelo egoísmo, seja de pessoas, empresas ou nações, talvez possamos sair do coronavírus, mas certamente não da crise humana e social que o vírus tem evidenciado. Para construir uma sociedade sã, inclusiva, justa e pacífica, devemos fazê-lo sobre a rocha do bem comum. [Texto completo http://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2020/9/9/udienzagenerale.html] Saudação em português: Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos e ouvintes de língua portuguesa, convidando todos a permanecer fiéis a Cristo Jesus. Ele desafia-nos a sair do nosso mundo limitado e estreito para buscarmos juntos o bem comum. O Espírito Santo vos ilumine para poderdes levar a bênção de Deus a todos os homens. A Virgem Mãe vele sobre o vosso caminho e vos proteja. O Perdão, o Amor e o Bem Comum só se conseguem viver “com um amor sem barreiras, sem fronteiras nem distinções” Domingo feliz e cheio de gestos de Perdão

domingo, 6 de setembro de 2020

«… ONDE DOIS OU TRÊS… EU ESTOU NO MEIO DELES» [Mateus 18, 15-20]

Neste domingo a meta que a Palavra nos propõe é chegar à PRESENÇA DE JESUS ENTRE NÓS Que percurso é preciso fazer? O Salmo e as Leituras de hoje apontam um caminho pedagógico para alcançar essa meta Comecemos pelo Salmo: “Se ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações”... Portanto, “Todos os corações abertos”… como propõe a Profecia de Ezequiel para o coração da sentinela que vigia, ouve e fala… e o coração dos que ela guarda e a quem aponta o caminho… Na 2ª Leitura, São Paulo propõe uma orientação para a vida, usando a comparação da dívida, dizendo que há uma dívida que nunca é suficientemente paga, pois exige compromisso decidido em cada momento presente da vida: “o amor de uns para com os outros”… O Evangelho propõe a pedagogia apresentada em degraus, sempre iniciada por SE… para concretizar o PERDÃO/RECONCILIAÇÃO com degraus de DIÁLOGO até chegar à ORAÇÃO feita em UNIDADE Na verdade, SE as condições se concretizarem chega-se à meta a alcançar: a Unidade para a Oração e a Unidade dos irmãos que atrai para o seu meio a presença de Jesus Esta presença de Jesus é fonte da verdadeira SOLIDARIEDADE que o Papa Francisco propõe na Catequese da Quarta-Feira, no Pátio São Dâmaso, em 02 setembro 2020 “Curar o Mundo”: 5. A solidariedade e a virtude da fé Resumo da catequese do Santo Padre: A pandemia atual evidenciou a nossa mútua interdependência de modo que, para sairmos melhores desta crise, é preciso que o façamos juntos, movidos pela solidariedade. O princípio da solidariedade é mais do que uma mera disponibilidade a ajudar os outros; tem seu fundamento no fato de que a família humana tem uma origem comum em Deus, todos moramos na casa comum e todos temos um destino comum em Cristo. Na Bíblia, há duas passagens muito elucidativas a este respeito: a Torre de Babel e a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. No primeiro caso, a busca por alcançar o céu ignorando os laços com os seres humanos, com a criação e com Deus leva à ruína e à divisão, gerando desigualdades que enfraquecem o tecido social e deterioram o meio-ambiente. Já o Pentecostes, mostra-nos que é a descida do Espírito Santo que leva a comunidade a abrir as portas do Cenáculo e sair, criando harmonia. Na verdade, é a solidariedade guiada pela fé que nos permite traduzir o amor de Deus na nossa cultura globalizada, não construindo torres ou muros que dividem e caem, mas inspirando-nos numa unidade na diversidade e na solidariedade. Oferece-nos também os anticorpos da diversidade solidária, impedindo que a singularidade de cada um se perverta em individualismo egoísta e animando-nos a gerar novas formas de fraternidade fecunda e de solidariedade universal. Saudações: Dirijo uma cordial saudação aos fiéis de língua portuguesa, convidando a nunca vos cansardes de invocar o Espírito Santo, artífice da unidade da Igreja e entre os homens, para que nos ajude a buscar sempre o diálogo com todas as pessoas de boa vontade, para construirmos um mundo de paz e solidariedade. Que Deus vos abençoe a vós e a vossos entes queridos!

domingo, 30 de agosto de 2020

«SE ALGUÉM QUISER SEGUIR-ME…» [Mateus 16, 21-27]

Cá está um dos muitos “SE” em que JESUS põe uma condição fundamental e à qual nem sempre prestamos a melhor atenção… No Ribatejo, costumava dizer-se que “O carro não vai à frente dos bois”… Isso mesmo!... JESUS VAI À FRENTE e voluntariamente se apresenta como exemplo / modelo a seguir e por isso explica aos seus discípulos “que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito… ser morto e ressuscitar ao terceiro dia” Jesus é Caminho a SEGUIR e não a ANTECEDER… Pedro, “tomando-O à parte…” apresenta-Lhe outra proposta, isto é, quer ANTEDER-SE a Jesus e, no mínimo, acha estranho o modo que Ele propõe para quem O queira SEGUIR… A resposta para Pedro é “eloquente”… e acrescenta para os seus discípulos de ontem (com Pedro também a ouvir), de hoje e de sempre “Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” Esta mesma mensagem do Senhor que vai à frente e seduz, encontramo-la na experiência de JEREMIAS (20,7-9) “Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir; Vós me dominastes e vencestes” E o mesmo também refere São PAULO aos Romanos (12, 1-2) “… transformai-vos pela renovação espiritual da vossa mente, para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus…” Agora é a nossa vez, de SEGUIR, de DEIXAR-SE SEDUZIR, de DISCERNIR a vontade de Deus e, como o Salmista, REZAR “A minha alma tem sede de Vós, meu Deus” Para o fazer no concreto destes tempos de pandemia é boa ajuda a desafiadora Catequese do Papa Francisco, da última Quarta-Feira, que continua a catequizar sobre “Curar o Mundo”: 4. O destino universal dos bens e a virtude da esperança Também nela o Papa Francisco (como Jesus) vai à frente e desafia a SEGUIR a proposta que apresenta Biblioteca do Palácio Apostólico Quarta-feira, 26 de agosto de 2020 Catequese - “Curar o Mundo”: 4. O destino universal dos bens e a virtude da esperança Resumo da catequese do Santo Padre: [completa http://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2020/8/26/udienzagenerale.html] Neste tempo de incerteza e angústia, convido a todos a acolherem o dom da esperança que vem de Cristo: Ele ajuda-nos a atravessar as águas tumultuosas da doença, da morte e da injustiça. A pandemia pôs a descoberto e agravou os problemas sociais, sobretudo a desigualdade. Se uns podem trabalhar a partir de casa, isto é impossível para muitos outros. Se alguns alunos podem, por entre dificuldades, continuar a receber uma formação escolar, esta foi bruscamente interrompida para muitos outros. Se umas nações possuem recursos financeiros para enfrentar a emergência, outras, para o conseguir, têm de hipotecar o futuro. Esta desigualdade é fruto dum crescimento que prescinde dos valores humanos fundamentais. O chamado homo sapiens tornou-se uma espécie de homo œconomicus – em sentido pejorativo – individualista, calculista e dominador: quer possuir e dominar os seus irmãos e irmãs, a natureza e o próprio Deus, insurgindo-se contra o seu desígnio criador. Mas, quando a obsessão de possuir e dominar exclui milhões de pessoas dos bens primários, quando a desigualdade económica e tecnológica é tal que dilacera o tecido social, então não se pode ficar parado a olhar. Com os olhos fixos em Jesus e com a certeza de que o seu amor atua através da comunidade dos discípulos, devemos agir juntos com a esperança de gerar algo de diferente e melhor. A esperança cristã, radicada em Deus, é a nossa âncora. Ela sustenta a nossa vontade de partilhar, como discípulos de Cristo que tudo partilhou connosco. Saudações: Saúdo os ouvintes de língua portuguesa, desejando-vos uma fé grande para verdes a realidade com o olhar de Deus e uma grande caridade para vos aproximardes das pessoas com o seu coração misericordioso. Confiai em Deus, como a Virgem Maria! De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos. Um dia feliz com a cruz que pode sempre ser iluminada como esta, com este instantâneo captado com o abri da janela do quarto, e também florida, como esta fotografada em pleno campo com as flores dispostas em forma de cruz