O final
do século VI (3 Setembro 590) e o início do século VII (até 12 Março 604) teve
na cátedra de Pedro São Gregório Magno, Papa. O título de “Magno” já diz muito
do que foi a vida deste “pastor insigne da Igreja” concretizada no governo da
Igreja, no cuidado dos pobres, na propagação e consolidação da fé.
Hoje
temos o Papa Francisco que não pára de nos surpreender e sobretudo de nos
“empurrar” para o caminho da «cultura
do encontro, a cultura do diálogo – único caminho para a paz»
Foi assim a palavra do Papa
Francisco no Angelus do passado domingo, dia 01 Setembro 2013:
«Hoje, queridos
irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente
angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na
única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com
força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz,
queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa
irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom
demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.
Vivo com
particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que
existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente
ferido por aquilo que está a acontecer na Síria, e fica angustiado pelos
desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.
Dirijo um forte
Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento,
quanta destruição, quanta dor causou e está a causar o uso das armas naquele
país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em
quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza
particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração
as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um
juízo da história sobre as nossas acções aos quais não se pode escapar! O uso
da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais
violência.
Com todas as
minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua
consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro
como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da
negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a
Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora,
iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na
negociação, para o bem de toda a população síria.
Que não se
poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste
terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos
refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a
aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de
prestar a ajuda necessária.
O que podemos
fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII: a todos corresponde a
tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na
justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963],
301-302).
Possa uma
corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa
vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja
Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens
e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não crêem:
a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a
humanidade.
Repito em alta
voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a
convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a
cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.
Que o grito da
paz se erga alto para que chegue até ao coração de cada um, e que todos
abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.
Por isso,
irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de
Setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de
oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido
também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os
irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os
homens de boa vontade.
No dia 7 de
Setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00 até as 24h00 (Portugal 18h00
até às 23h00), nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para
invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as
situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos
de paz e de escutar palavras de esperança e de paz!
Peço a todas as
Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum acto
litúrgico por esta intenção.
Peçamos a Maria
que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do
diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a
paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento
difícil e a comprometer-nos a construir, todos os dias e em todo o lugar, uma
autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!»
Também estas
comunidades respondem positivamente a esta decisão do Papa Francisco com a
realização de um tempo de oração na Igreja matriz de ENVENDOS das 21h00 às
23h00.
Maria, Rainha
da paz, rogai por nós!
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