“LAVOU AS MÃOS
NA PRESENÇA DA MULTIDÃO”
[Mateus 26,14 -27,66]
Hoje o que as autoridades de saúde (todas), quase como a única certeza
no combate a este vírus, recomendam é “Lavar,
lavar, lavar as mãos”…
Não certamente como Pilatos que “lavou as mãos” para entregar Jesus e
dizer “Isso é lá convosco”
Quem poderá lavar as mãos a pensar apenas no que lhe faz falta sem
pensar “no
bem que podemos fazer” com elas, como dizia hoje o Papa Francisco “Não pensemos só naquilo
que nos falta; pensemos no bem que podemos fazer.”
Diante desta
recomendação como não pensar naqueles que nem sequer água têm para beber, como
escrevia há dias o Cardeal Mario Zenari, Núncio Apostólico do Papa Francisco na
Síria “Se a pandemia se alastrar, será
uma catástrofe inimaginável, considerando o fato de que mais da metade dos
hospitais não estão operacionais por causa dos danos sofridos pela guerra,
faltam médicos e enfermeiros e milhares de pessoas deslocadas vivem em campos
de refugiados superlotados e não suficientemente equipados do ponto de vista
higiénico-sanitário. Alguém observa: “Como eles podem lavar as mãos
frequentemente, se lutam para ter água para beber?”
Nunca devia ter sido
assim e hoje, na aurora do mundo novo, ainda menos, pois estamos “todos no
mesmo barco” e não podemos dizer como Pilatos “Isso é lá
convosco” e “guardai-O como entenderdes”
E a poluição das águas dos ribeiros, rios e mares e como circula nas
redes sociais a cor de sangue das águas, que não se pode utilizar para consumo,
do rio Ruzizi, na fronteira entre o Congo e o Ruanda
Já se notam muitos sinais novos para um Mundo Novo… exteriores como os
das portas de muitos portugueses nesta Semana Santa… e também na circulação de
tanta colaboração e generosidade a favor dos mais pobres, concretizada pelos
mais novos, como a mim próprio me aconteceu hoje quando me telefonaram dizendo:
“Estou disponível… disponha para o que precisar”
Semana feliz a “lavar as mãos”, para como tantos ser como Jesus
que “assumiu a condição de servo” (Filipenses 2,6-11)

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