“EU
SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA”
[João 11, 1 - 45]
Quando há três meses
nos desejámos reciprocamente votos de feliz ano novo, ninguém pensou que
teríamos um “mestre” invisível e misterioso a ensinar o mundo inteiro ao mesmo
tempo a encontrar novo modelo de viver… Haja quem aprenda a lição!... Alguns quando
eram interpelados sobre o que faziam, até respondiam: “o meu negócio é números!...”
Mas agora as notícias trazem cada dia outros
números…. de pessoas infetadas, internadas, “sem eira nem beira”… mortos …
já com fome…
Mas felizmente (e aqui deverá estar o futuro) também com
o olhar e o aplauso de TODOS para os outros TODOS em especial quem nas mais
variadas frentes está a gastar e a pôr a vida em risco pelo bem dos outros,
desde os hospitais… aos bens essenciais… e à dignidade possível na sepultura ou
cremação de cadáveres…
Realmente eramos TODOS
irmãos… mas fomo-nos esquecendo e pondo de parte esses valores… até que de
improviso um vírus invisível e misterioso nos colocou “TODOS na mesma barca”… E,
por isso, todos os crentes e porventura as pessoas de boa e mesmo sem fé se
olham (porque não se podem tocar) e reconhecem que na tempestade “estamos
perdidos” e gritam “Salva-NOS Senhor” ou ao menos “Haja quem NOS salve”.
Atenção: NOS e não ME
Neste dia a igreja
celebra São Francisco de Paula,
eremita (1416 (Calábria - Itália) – 1507 (Tours - França) e agora que somos
TODOS “eremitas” mas em família e vamos continuar a ser por mais alguns dias
(ninguém sabe até quando – também aqui somos TODOS iguais) talvez possa ser
útil este texto de uma das Cartas deste Santo:
“A morte é certa, e a vida é breve e
desfaz-se como fumo.
Lembrai-vos da paixão de Nosso Senhor
Jesus Cristo, que, abrasado de amor por nós, desceu do Céu para nos salvar,
sofreu tantos tormentos na alma e no corpo e não quis evitar sofrimento algum
por nosso amor. Recordemo-nos o seu exemplo de perfeita paciência e de perfeito
amor, e sejamos nós também pacientes nas adversidades.
Afastai de vós toda a espécie de ódio e
inimizade, evitai cuidadosamente as palavras ásperas e impertinentes e, se
alguma vez saíram da vossa boca, não hesiteis em levar o remédio com os mesmos
lábios que provocaram a ferida. Perdoai-vos uns aos outros e esquecei
totalmente qualquer ofensa recebida.
Conservar o ressentimento do mal é uma
ofensa, é complemento da ira, retenção do pecado, ódio da justiça, flecha do
rancor, veneno da alma, destruição das virtudes, verme da consciência,
obstáculo da oração, impedimento das graças que pedimos a Deus, alienação da
caridade, espinho cravado na alma, maldade sempre desperta, pecado que nunca se
apaga, morte quotidiana.”
Continuação de um dia feliz, com o coração cheio de PACIÊNCIA
AMABILIDADE com pedido de DESCULPA e PERDÃO para TODOS

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