«nós queríamos ver Jesus».
[João
12, 20-33]
Achei este texto
interessante que transcrevo com a devida vénia [http://www.focolare.org/pt/]
para o DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE
A verdadeira
FELICIDADE só se vê com “olhos de ver”
Um dia cheio de
FELICIDADE para todos
Felizes não apenas um dia
20 Março 2018
O Dia Internacional da Felicidade, celebrado todos os
anos em 20 de março, faz pensar: é possível ser feliz em um mundo que parece
negar a possibilidade de nutrir a esperança? Em 1984, durante o Jubileu dos
jovens, Chiara Lubich explicou a essência da verdadeira “alegria”.
A alegria dos primeiros cristãos –
como de resto a alegria dos cristãos de todos os tempos e séculos, quando o cristianismo é compreendido na
sua essência e vivido com radicalidade – era uma alegria verdadeiramente nova,
jamais experimentada. Não tinha nada a ver com a hilaridade, com a alegria
normal, com o bom humor. Ou, como diria Paulo VI, não tinha nada a ver com “a
alegria exaltante da vida e da existência”, com “a alegria portadora de paz da
natureza, com a alegria do silêncio”, nem era aquela alegria ou “satisfação que
se tem depois de um trabalho realizado”, nem somente “a alegria transparente da
pureza”, nem a “alegria do amor, mesmo puro, casto”. Não era essa. Essas são,
sem dúvida, alegrias belas… Mas a alegria dos primeiros cristãos era diferente.
Era uma alegria semelhante àquele enlevo que invadiu os discípulos quando
receberam o Espírito Santo. Era a alegria de Jesus.
Porque Jesus tem a sua paz e também a
sua alegria. E a alegria dos primeiros cristãos, que jorrava espontânea do
profundo do próprio ser, saciava-os completamente. Eles tinham
encontrado
realmente aquilo que o homem de ontem, de hoje e de sempre procura: Deus, a
comunhão com Deus e esta os saciava completamente e os levava à plena
realização. Eram homens.
De fato, o amor, a caridade com a qual
Cristo através do Batismo e dos outros sacramentos enriquece o cristão, pode
ser comparada a uma pequena planta. Quanto mais aprofunda as raízes no terreno
da caridade fraterna (à medida que se ama o próximo), mais veloz cresce o
caule. Isto é, cresce no coração o amor para com Deus, a comunhão com Ele, não
só através da fé, mas é uma comunhão que se experimenta. E isso é felicidade.
Era esta a felicidade dos primeiros cristãos, adultos e jovens, que se exprimia
em liturgias maravilhosas, festivas, com muitos hinos de louvor e de ação de
graças.
Essa alegria crescia no coração também
por outro fator: com o amor, possuíam a luz. Isto é, eles “viam”, tinham uma
certa compreensão das coisas de Deus, por si só impenetráveis. Embora
aceitassem os mistérios pela fé, estes já não eram assim tão obscuros como se
poderia pensar. Eles tinham uma certa penetração desses mistérios e era tão
especial, tão luminosa, que tinham a impressão de compreendê-los, de
possuí-los. E isso aumentava a alegria deles: à alegria do amor,
acrescentava-se a alegria da verdade. Assim, armados somente de amor e de luz e
revestidos de alegria, conquistaram em pouco tempo o mundo conhecido naquela
época. Dizia Tertuliano: “Somos de ontem e já invadimos o mundo…” (Apologético
37,7).
Eles se alegravam até mesmo em meio às
perseguições e cantavam durante o martírio. Compreenderam um paradoxo do
cristianismo: que a alegria, a alegria sobrenatural de Jesus pode ser
encontrada exatamente onde ela parece não existir, ou seja, na dor, mas na dor
amada.
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